Wednesday, October 12, 2011

Compras Coletivas: Hotel em Florianopólis

Eu estava vagando a esmo pelo centro da Ilha da Agonia, quando me deparei com isso.

Pacotes promocionais para Buenos Aires



Mini-mercado "Boinos Aires", localizado na região nordeste da Ilha da Agonia.

Testify

Esses dias, fui cumprir um mandado na casa duma velhinha. Me identifiquei e disse precisava conversar com a neta dela, que era a destinatária do mandado.

- Tá, mas como eu vou saber que tu é oficial de justiça mesmo?

- A senhora não tá vendo meu crachá, com a minha identificação funcional?

- Ah, mas qualquer um pode botar um crachá no pescoço e sair por ai dizendo que é oficial de justiça...

- Minha, senhora, eu posso lhe assegurar que eu não estou mentindo. Inclusive, a senhora pode ligar lá no fórum e confirmar.

- Tu jura mesmo que tu é oficial de justiça?

- Sim, minha senhora, eu juro.

- Jura perante deus?!

- Sim, juro.

- Ah, então tá bom, vou lá chamar ela.

Sunday, October 2, 2011

Como sair do cartório e ir trabalhar em gabinete

Tenho que compartilhar mais uma pergunta escrota formulada naquele curso que fiz semana passada.

Então o instrutor deve ter ficado uma meia hora explicando a diferença entre "termo" e "auto", que o primeiro é confeccionado pelo escrivão, e o segundo, pelo oficial de justiça. Simples assim. Qualquer pessoa minimamente inteligente teria captado a mensagem.

Mas não os ratos de gabinete, aquele pessoalzinho que fica catando cabelo em ovo, pelo simples prazer de tornar tudo mais complicado.

Encerrada a explanação, o instrutor indaga: "alguma dúvida quanto à diferença entre termo e auto?"

Até eu, que não sou dos mais inteligentes, compreendi perfeitamente a distinção, e acreditava que não havia margem alguma para dúvidas ou discussões

Nisso, uma ex-assessora de juiz levanta seu magrelo bracinho com o dedo indicador em riste: "Ai, professor, mas termo e auto são a mesma coisa?"

Educadamente, o instrutor respondeu que "não", e passou a repetir tudo aquilo que ele já havia dito até aquele momento, sobre como "termo" e "auto" são coisas distintas.

"Porra, é claro que são coisas diferentes. Tu não prestou atenção nas outras 50 vezes que eu falei isso?! Tu por um acaso tem merda embaixo dessa carapaça loira oxigenada?! Será que possuir todo o conhecimento jurídico do universo te tornou disléxica e incapaz de compreender qualquer tipo de explicação, por mais simples que ela seja?! Mas que merda!", era o que ele deveria ter respondido.

Juiz procura assessor

Semana passada tava fazendo um curso de capacitação pra exercer minha nova função. O curso foi ministrado aqui mesmo no além mar. Além de mim, havia uns outros 60 instruendos.

A maior parte da galera é oriunda de assessorias de juiz, os típicos ratos de gabinete, que adoram tornar tudo mais díficil. Inclusive, não sei se já mencionei aqui, mas dentro do grupo "baixarias em direito", os ratos de gabinete são o subgrupo mais desprezível. Imagine, os mais desprezíveis dos desprezíveis seres do universo: esses são os ratos de gabinete (ressalvada uma ou outra exceção, é claro)

Em dado momento do curso, o instrutor estava explicando como as certidões exaradas pelos oficiais de justiça devem ser simples, claras e concisas. "Ela deve conter apenas as informações mais essenciais", o cara falou.

Nisso, uma guria, que até um tempo atrás trabalhava com um juiz, indaga: "Ai, professor. Pode por jurisprudência na certidão?"

Educadamente, o instrutor respondeu que "não" e passou a repetir tudo aquilo que ele já tinha dito, sobre como a certidão deve ser elaborada sem viadagens.

Essa negada é muito burra mesmo, acha que é o máximo só por que já trabalhou com um juiz, mas fica fazendo essas perguntar escrotas. Porra, é óbvio que um oficial de justiça não pode por jurisprudência numa porcaria de certidão. Eu, que sou um merda, mas trabalho há quase 7 anos no judiciário, não consigo pensar em uma única situação na qual um meirinho precise citar jurisprudência numa de suas certidões, a não ser, é claro, que ele queira achar alguma desculpa pra não cumprir o mandado, ou, pior, que ele se ache o portador de todo conhecimento jurídico do universo e não queria cumprir a ordem judicial pois a considera "errada". Bem coisa de rato de gabinete mesmo